16 de jul. de 2011

Preço das eólicas alcança competitividade com hidrelétricas, conclui estudo global

Estudo indica que o custo da energia eólica chegou ao patamar das grandes hidrelétricas e já é mais competitiva que as plantas a biomassa. (Jornal da Energia, texto de Paulo Silva Junior, 12/07/11). Publicado em 13 de julho de 2011, por Xingu Vivo.
Fonte: Movimento Xingu Vivo Para Sempre 

Média do custo do KWh da fonte é também mais baixo que plantas movidas a biomassa

Em uma média global, o custo da energia eólica chegou ao patamar das grandes hidrelétricas e já é mais competitiva que as plantas movidas a biomassa. A conclusão é do renováveis em todo o planeta.
REN21 Renewables 2011 Global Status Report, documento que atualiza os dados sobre energias renováveis em todo o planeta.

Segundo a parte dedicada aos custos de geração, as grandes usinas hídricas, tipicamente com capacidade acima de 10MW, têm o KWh custando entre 3 e 5 centavos de dólar americano. As eólicas onshore, com turbinas entre 1,5 e 3,5MW, custam entre 5 e 9 centavos.

Já as biomassa, com plantas entre 1 e 20MW, tem o KWh geram a um custo entre 5 e 12 centavos de dólar americano, mesmo valor das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que na escala global são aquelas com potencial entre 1 e 10MW.

Na sequência da tabela está a energia geotérmica (4-7 centavos de dólar americano/KWh), eólica offshore (10-14), solar térmica concentrada (14-18), solar fotovoltaica de grande escala (15-30) e painéis solares fotovoltaicos (17-34).

O estudo pode ser encontrado no site da REN21, que também disponibiliza um mapa interativo das energias renováveis.

Belo Monte favorecerá Alcoa, Cargill, Bunge, ADM e Monsanto

Pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC).
Fonte: CEBI


O Movimento Xingu Vivo para Sempre reagiu com seriedade, mas em tom irônico, ao Relatório de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e aos comentários do jornalista Paulo Henrique Amorim, publicados na semana passada no seu blog “Conversa Afiada”, arrolando organismos internacionais que se opõem à construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu, na altura de Altamira, no Pará.

Campanhas contra a construção de Belo Monte têm disseminado, no Brasil e no exterior, “posicionamento ideológico maniqueísta, norteado por suas sedes internacionais, que vislumbram o projeto de Belo Monte como símbolo internacional de um conflito recorrente entre os governos e seus interesses no desenvolvimento social e econômico de um lado e as sociedades tradicionais e indígenas e seus interesses na defesa dos direitos humanos e do meio ambiente de outro”, constata o relatório da Abin.

O relatório sigiloso da Abin é “patético” porque as verdades que ele arrola “são mais do que públicas”. Estão no sítio web do Movimento que são seus parceiros e apoiadores. “Não precisava o governo gastar dinheiro dos contribuintes com essa ‘investigação’”, diz nota do Xingu Vivo. “Constrangedoras, porém, são as mentiras pelas quais o contribuinte também paga”, agrega.

O Movimento desafia a Abin a comprovar que recebe apoio de governos. O Relatório de Inteligência 0251/82260/ABIN/GSIPR/9 MAIO 2011 arrola um por um organismos que apóiam com algum tipo de recurso o Movimento Xingu Vivo para Sempre.

Mas, contrapõe a nota do movimento, os arapongas da Abin, que se limitaram a fazer pesquisas no Google, esqueceram de listar entre os apoiadores o Painel de Especialistas, a Associação Brasileira de Antropologia, Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, departamentos da Universidade de São Paulo, da Universidade Estadual de Campinas, da Universidade de Brasília.

O jornalista Paulo Henrique Amorim frisa que Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, “que não vai alagar uma única moradia, um puxadinho, uma lavoura de indígena brasileiro”. O Movimento Xingu Vivo convidou Paulo Henrique a visitar Altamira para subsidiar suas opiniões.

Paulo Henrique comentou, no Conversa Afiada, que a oposição a Belo Monte favorece interesses não-brasileiros. Xingu Vivo pergunta o que tem de brasileiro a Alcoa, Cargill, Bunge, ADM, Monsanto, “beneficiários da usina e das mudanças das leis ambientais?”