4 de jun. de 2009

Colunas do MST

Após duas semanas de caminhada, promovendo debates com a população em todo interior do Paraná, na manhã desta quinta-feira chegam à cidade de Curitiba os 400 trabalhadores e trabalhadoras do MST que, juntamente com a Via Campesina e da Assembléia Popular, vêm realizando um Mutirão de debates sobre a crise econômica e um Projeto Popular para o Brasil.
A notícia é do sítio do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, 04-06-2009.
Fonte: UNISINOS


Na manhã desta quarta-feira as duas colunas se encontraram na praça central de Campo Largo. No dia 18 de maio, 200 militantes da chamada "coluna do Norte" iniciaram debates na cidade histórica de Porecatu. A coluna fez sua primeira parada em Londrina, onde realizou panfletagens no centro da cidade, debates na universidade pública e obteve contato com sindicatos e pastorais sociais.

No dia seguinte, outros 200 militantes da "coluna do Oeste" partiram de Foz do Iguaçu. As duas colunas percorreram cerca de 30 cidades e chegam juntas à capital paranaense nesta manhã.

Com o lema Trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise! o mutirão faz parte de iniciativa para debater a crise econômica, porém com a proposta de um projeto que aglutine as forças de esquerda, em contraposição ao projeto das elites. Entre as bandeiras de luta, também está a campanha O petróleo tem que ser nosso, além de pautas recolhidas ao longo do mutirão no debate com trabalhadores e população.

Durante a passagem pelas cidades, os militantes dialogaram com a população sobre os efeitos da crise econômica, os trabalhadores e a necessidade de um Projeto Popular para o Brasil, além de exigir a realização da Reforma Agrária, como uma alternativa a crise. “O nosso objetivo é que, nesse debate sobre a crise, a reforma agrária seja colocada como uma das alternativas e chegue ao maior número de pessoas possível”, comenta Mário Debona, da direção estadual do MST.

Na capital, durante três dias, os militantes ficarão alojados nas casas de moradores de bairros carentes de Curitiba e região metropolitana, unindo-se às lutas e trabalhos de base, onde outras bandeiras de luta devem vir à tona.

O mutirão tem o apoio de organizações de esquerda, que irão receber os marchantes e construir locais de difusão do debate. "O MST busca partilhar com os trabalhadores urbanos, em comunidades, onde vivemos e trabalhamos, suas experiências organizativas, de análise e de luta. O ensinamento da marcha é importante para animar os movimentos urbanos e contribuir na organização dos trabalhadores, como a Assembléia Popular", analisa Cristiane Coradin, da Assembléia Popular de Curitiba.